Agronegócio Segurança Rural

Pesquisadores dos EUA e do Brasil intensificam estudos sobre segurança de EPI agrícolas para pequenas propriedades

Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland Easternshore e o pesquisador Hamilton Ramos, do programa IAC-Quepia, avançam em estudo envolvendo a seleção de matérias-primas capazes de reforçar segurança do trabalho rural

 

Em etapa preparatória para uma reunião global do Consórcio Internacional de Vestimentas Protetivas Agrícolas, previsto para ocorrer no Brasil no ano que vem, a cientista Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland Easternshore (EUA), chegou esta semana à paulista Jundiaí. Ela trabalha com seu colega brasileiro Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia, nas análises finais de um estudo que visa a aprimorar a segurança de vestimentas protetivas agrícolas ou EPI nas pequenas propriedades agrícolas.

A equipe de Ramos, formada também pela pesquisadora Viviane Aguiar Ramos, e Shaw, avaliam especificamente, nesta etapa do trabalho, a seleção de matérias-primas capazes de reforçar a segurança dos EPI agrícolas empregados nas pequenas propriedades agrícolas de todo o mundo.

Resultante de parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP situado em Jundiaí, e o setor privado, o programa IAC-Quepia tornou-se referência no desenvolvimento de métodos para avaliar e certificar a qualidade de EPI agrícolas. O programa emite o Selo IAC-Quepia, que destaca no Brasil fabricantes voltados à melhoria contínua de produtos.

“O objetivo do trabalho com a universidade americana é contribuir para a menor exposição possível do aplicador de defensivos agrícolas aos ingredientes ativos desses produtos, em todos os países agrícolas”, ressalta Hamilton Ramos. “O trabalho abrange a elaboração de novas recomendações

envolvendo a confecção de EPI à base de algodão e poliéster”, ele acrescenta.

10 anos de Consórcio, no Brasil

Conforme Ramos, o Consórcio Internacional de EPI, formado por países como Alemanha, Eslovênia, França e Estados Unidos, além do Brasil, persegue hoje um padrão mundial aplicável ao desenvolvimento desses produtos. Financiado com recursos privados, complementa o pesquisador, o IAC-Quepia, em 16 anos de atividades, resultou na queda das reprovações de qualidade de vestimentas agrícolas fabricadas no Brasil, que eram da ordem de 80% do montante analisado no laboratório do programa, em 2010, para menos de 20%.

A vinda da pesquisadora Anugrah Shaw ao Brasil, salienta Ramos, objetiva ainda a preparação do evento que celebrará os dez anos de atividades do Consórcio Internacional de EPI. Previsto para ocorrer na sede do IAC, na paulista Campinas, de 21 a 25 de outubro de 2024, o encontro terá a participação de pesquisadores dos cinco continentes, além de órgãos reguladores brasileiros, inclusive Anvisa, Ibama e os Ministérios da Agricultura e do Trabalho.

 

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