O mercado futuro de café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) segue com volatilidade em razão da incerteza sobre a oferta. Segundo especialistas, a queda nas cotações registrada na última quinta-feira (02) se deu pelo fato da pressão das liquidações de posições compradas pelos fundos de investimentos e especuladores.
A aproximação do período frio no Hemisfério Sul eleva o risco de geadas nos cafezais e pode sustentar as cotações do café. No curto prazo, no entanto, Climatempo informa que uma intensa massa de ar seco e quente predomina nas regiões produtoras de café do Sudeste nesta semana, garantindo tempo aberto e altas temperaturas. Muitas localidades entre São Paulo e Minas Gerais podem ter registrado temperatura de até 5 graus acima da média.
“Mudanças mais significativas no tempo são esperadas no decorrer da segunda semana de maio, quando podem ocorrer pancadas de chuva sobre a faixa leste do Sudeste e há previsão de redução do calor, por causa da passagem de uma frente fria”, prevê Climatempo. As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).
O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, analisa a queda nos preços do café em Nova York. Segundo ele, a situação era esperada por conta da realização de lucros e o registro de chuvas no Vietnã. A desvalorização, no entanto, gera preocupação aos cafeicultores brasileiros, que passam a negociar os contratos futuros com reajustes, e temem uma perda de renda a partir da colheita que se inicia em um mês.
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