Os preços do boi gordo e da carne encerram fevereiro em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior oferta de animais para abate, a demanda retraída por parte de frigoríficos reforça a pressão sobre as cotações. Apesar dos valores mais baixos da arroba, a instabilidade das vendas no atacado e as escalas alongadas têm limitado o interesse comprador em adquirir novos lotes. Considerando-se todas as negociações em praças paulistas, o intervalo médio entre o fechamento da venda e compra, e o abate, reduziu ligeiramente de janeiro para fevereiro (até o dia 27), passando de 15 para 13 dias, o que ainda significa escala alongada, conforme pesquisadores do Cepea.
Os preços médios do suíno vivo no mercado independente caíram em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do aumento no número de animais disponíveis para abate, associado à menor procura pela proteína suína, sobretudo neste período de encerramento de mês. Nem mesmo as fortes altas registradas no início de fevereiro foram suficientes para garantir avanço das médias mensais. No mercado de carne, diante da demanda enfraquecida, agentes do setor adotaram a estratégia de baixar os preços na tentativa de melhorar a liquidez, ainda conforme pesquisadores do Cepea.
Apesar da calmaria no mercado interno, Vlamir Brandalizze ressalta os números expressivos das carnes brasileiras na exportação. Boi, com 165 mil toneladas previstas para o fechamento de fevereiro, e suíno, com 170 mil toneladas, devem bater recorde histórico para os dois meses do ano.
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