29-09 - gotejamento subterrâneo
Irrigação

IRRIGAÇÃO por GOTEJAMENTO SUBTERRÂNEO para maior aproveitamento da área disponível (3º Episódio)

IRRIGAÇÃO por GOTEJAMENTO SUBTERRÂNEO para maior aproveitamento da área disponível (3º Episódio)

O Paracatu Rural continua a prosa com os representantes da empresa NETAFIM, que realiza a irrigação por gotejamento subterrâneo. João Marcos da Silva, engenheiro agrônomo, responsável pelo Departamento Agronômico da Netafim falou como funciona o sistema quando o produtor precisa passar uma máquina no local, um arado, por exemplo, seria necessário retirar o sistema?

A germinação dos cultivos de cereais utilizando-se de sistemas de irrigação se tornou uma prática comum e necessária, principalmente aos produtores que desejam potencializar sua produtividade fazendo três safras em um ano agrícola. 

Nesse sentido a irrigação tem se mostrado uma ferramenta muito versátil e eficiente, pois é possível ganhar tempo e germinar o cultivo, como exemplo a soja, logo que o vazio sanitário se encerra, sem depender das chuvas e aproveitando as melhores “janelas” de plantio.

De acordo com a revista Campos e Negócios, muitos produtores já desfrutam da irrigação por gotejamento subterrâneo em grãos, que está em crescimento significativo no Brasil. Sendo uma forma muito eficiente de aplicação de água e nutrientes, pois entrega tudo diretamente no sistema radicular da planta. 

Na irrigação por gotejamento subterrâneo, ao contrário de outros métodos, a água vem de baixo para cima. O fenômeno que permite que isso aconteça é chamado de capilaridade. A capilaridade é a tendência que algumas substâncias apresentam de subir ou descer por paredes de tubos finos (tubos capilares) ou de se deslocar por curtos espaços existentes em materiais porosos, como o solo. Esse mecanismo permite que os fluidos se desloquem ainda que estejam contra a força da gravidade.

Solos argilosos possuem mais capilaridade por apresentarem partículas menores e consequentemente espaços mais estreitos nos quais a água sobe com mais facilidade. Já os solos arenosos apresentam menor capilaridade devido ao tamanho maior de suas partículas. Desta forma, para que a água alcance a semente, é necessária uma concepção diferente de projeto, com tubos gotejadores mais próximos e mais superficiais, respeitando um limite para que não atrapalhe a mecanização. Assim, a concepção de espaçamentos de tubos gotejadores e a profundidade de enterrio depende da textura do solo onde será implementado. 

 

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